Apresentação

Olá,
Sejam bem vindos ao blog do Ano Internacional da Astronomia (AIA).
O blog tem como objetivo a conclusão de uma série de trabalhos feitos por alunos dos 9ºs anos, do Colégio 14 de Julho, para a Feira de Projetos, que tem como tema, O Ano Internacional da Astronomia, os 200 anos do nascimento de Charles Darwin, e também os 150 anos da publicação do livro "A Origem das Espécies por meio da seleção natural", todos comemorados no ano de 2009.
Além da Teoria de Darwin (Darwinismo), vamos mostrar outras matérias que apresentam relações com as origens dos seres e do Universo: o Lamarckismo, Criacionismo e ideias que tenham influenciado essas teorias.

Trailer Oficial da RTP

Apresentamos o Trailer Oficial da RTP (Rádio e Televisão de Portugal), que apoia o Ano Internacional da Astronomia 2009.

Debate - 9º ano B

Em 28 de maio, o 9º ano B, junto a professora Fabiana Abud, realizaram um debate sobre o conteúdo aprendido até a data, incluindo os trabalhos e as pesquisas feitas pelos próprios alunos.

Discutimos sobre o Darwin e sua teoria; sobre a importância do Lamarck e de suas ideias para a formação da Teoria da Evolução; sobre quem foi o Wallace; sobre o Criacionismo; os eventos ao redor do mundo em relação a esse assunto e ainda sobre O Ano Internacional da Astronomia.




Contamos com a participação de todos os alunos que mostraram interesse e conhecimento sobre os assuntos debatidos.

Debate - 9º ano C

O debate do 9º C foi realizado no dia 28/05.










Debate - 9º ano A

O 9ºA fez seu debate no dia 25/05. Segue as fotos:




Painel de Curiosidades

Em junho, os alunos dos 9ºanos A, B e C procuraram curiosidades sobre a vida de Lamarck, Darwin, Wallace e ainda sobre o Ano Internacional da Astronomia, para montar-se um painel. Tiramos algumas fotos e abaixo vocês podem ver como o painel ficou.




além das curiosidades, haviam fotos e explicações sobre todos os temas escolhidos.



A diferença entre o Criacionismo e a Criação Divina

Criacionismo é o termo que usa a noção genérica de uma ou mais entidades inteligentes para explicar, por trás de uma série de eventos, a origem do Universo, da vida na Terra ou das próprias espécies de seres vivos. O criacionismo, da forma que este termo é utilizado nos dias de hoje, principalmente na imprensa, é um fenômeno tipicamente estadunidense; tendo por fonte principalmente o protestantismo norte-americano. O criacionismo, como idéia geral, se caracteriza pela oposição, em diferentes graus, às teorias científicas sobre fenômenos relacionados à origem do Universo, da vida e da evolução das espécies de seres vivos.
No entanto, deve ser feita a distinção entre ser rotulado como "criacionista" e "acreditar em criação divina" simplesmente: existem até mesmo aqueles que aceitam as teorias evolucionistas ao mesmo tempo em que acreditam que estas descrevam o método com que seu deus (ou divindades) tenha(m) criado todas as coisas.



Já a Teoria da Criação Divina, é a teoria em que a criação do Universo e dos seres, tem como o seu "Criador", um Ser Supremo, sendo ele Deus. No livro cristão (ou Bíblia), Deus criou em 6 dias e descansou no 7º.

•"No começo, Deus criou os Céus e a Terra. [...] A Terra era um vazio, sem nenhum ser vivente. Deus deu luz (dia) e a escuridão (noite)." (Primeiro dia)

•"Deus separou a água e a Terra." (Segundo dia)

•"Deus criou os vegetais, as plantas e as árvores que dão frutas." (Terceiro dia)

•"Deus criou luzes no céu, para separar o dia da noite e marcar anos e estações. Deus criou o Sol e a Lua." (Quarto dia)

•"Deus criou espécies de seres vivos que se movem nas águas e todas as espécies de aves; e os abençoou." (Quinto dia)

•"Deus criou todos os tipos de animais domésticos, selvagens e que se arrastam pelo chão. Deus criou o Ser Humano a sua semelhança, que terá poder sobre todas as outras espécies; e o abençoou." (Sexto dia)

"Assim terminou a Criação do Céu e da Terra e de tudo o que há nele. E, no sétimo dia, Deus descansou; e abençoou o sétimo dia como um dia Sagrado."


Criacionismo

- CRIACIONISMO
Dentro do termo criacionismo , um vasto conjunto de hipóteses podem ser enquadradas, que podem vir a sustentar interpretação em diversos graus de
literalidade de livros sagrados como o Gênesis ou o Corão.
Outros grupos religiosos não chegam tão longe a ponto de nega a historicidade do texto biblíco, mas propõe que os seis dias da criação poderiam representar,
talvez , seis eras geológicas , em vez de vinte e quatro horas, porém os chamados fundamentalistas insistem em que essa interpretação é errada e que o
mundo realmente foi criado por volta do ano 4.000 a.C., como se deduz ao relato biblíco somando-se as idades dos patriarcas.

- DIVERSIDADES DE CONCEITOS

O criacionismo, como ideia geral, se caracteriza pela oposição, em diferentes graus, às teorias científicas sobre fenômenos relacionados a origem do
Universo, da vida e da evolução das espécies.
No entanto, deve ser feita a distinção entre ser rotulado "criacionista" e "acreditar em criação divina" simplismente: existem até mesmo aqueles que
aceitam as teorias evolucionistas ao mesmo tempo em que acreditam que estas descrevem o método com que seu Deus tenha criado todas as coisas; estes não
são chamados de criacionistas, mas de "evolucionistas teístas".

- CRIACIONISMO NA TERRA JOVEM

Dentro do grupo de criacionistas cristãos, há os que apoiam radicalmente a tese da criação da Terra em seis dias literais, questionando as evidências
históricas , astrofísicas , geológicas, paleontológicas, arqueológicas, físicas e químicas contrárias. Tais cristãos denominam-se criacionistas da Terra
Jovem ou literalistas biblícos.

- CRIACIONISMO NA TERRA ANTIGA

Outros aceitam a idade da Terra , ou até mesmo do Universo, defendida pela ciência, mas mantendo ainda posições conflitantes com a biologia evolucionista.
São apelidados criacionistas da Terra Antiga , ou muitas vezes da Terra Velha.
Já o evolucionismo criacionista, já citado, defende a tese de que a Biblía ou outros livros considerados sagrados, dão margem a uma mistura da
evolução , origem da vida e criação, dizendo que Deus deu origem à vida, mas permitiu que esta evoluísse.

- ARGUMENTO CONTRA O CRIACIONISMO

Durante mais de 30 séculos, a crença criacionista pendurou como uma verdade absoluta em diversas partes do mundo, interpretada literalmente da forma como
está escrita nos textos sagrados das diversas literaturas religiosas, não dando chance a qualquer opinião discordante, menos por imposição das autoridades
da época e mais por uma ausência de necessidade prática de um maior questionamento.
Somente nos últimos dois séculos, com a valorização do direito do homem à liberdade de pensamento, uma série de argumentos foram levantados contra esse
predomínio eminentemente religioso. A interpretação criacionista literal perdeu sua unidade, sendo questionada com maior profundidade.

- TRADIÇÃO JUDAICO-CRISTÃ

É baseada no livro Gênesis, um ser único e absoluto, denominado Jeová ( Deus ), perfeito, incriado, que existe por si só e não depende da existência do
universo , exercendo seu infinitivo poder criativo, ele criou o universo em seis dias, e no sétimo descansou.

- IGREJA CATÓLICA

Os católicos herdaram o mito criacionista da tradição judaico-cristã, acreditam que a " feitura do universo " fala por sí só, pois como é evidente,
Deus não precisa se explicar. Muitos deles, apesar de acreditarem na criação divina, aceitam as teorias da evolução e do Big-Bang.

Neodarwinismo


A Teoria sintética da evolução, Síntese evolutiva moderna ou Neodarwinismo, foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos. Entre os personagens mais importantes para o desenvolvimento da Síntese moderna, destacam-se Thomas Hunt Morgan, Ronald Fisher, Theodosius Dobzhansky, J.B.S. Haldane, Sewall Wright, William D. Hamilton, Cyril Darlington, Julian Huxley, Ernst Mayr, George Gaylord Simpson e G. Ledyard Stebbins.

Tomaram como essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de genética; e a mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança por meio da mistura de sangue pelo conceito de herança por meio de partículas: os genes. Essencialmente, a síntese moderna introduziu a conexão entre duas importantes descobertas: as unidades de evolução (genes) com o mecanismo de evolução (seleção natural). Ela também representa a unificação de vários ramos da biologia que, anteriormente, tinham pouco em comum, em particular, a genética, a citologia, a sistemática, a botânica e a paleontologia.


Esta teoria baseia-se em cinco processos básicos da evolução: mutação, recombinação, genética, seleção natural, isolamento reprodutivo.


Pontos básicos da teoria moderna:


As variações de uma espécie dependem de mutações.


As mutações ocorrem ao acaso.


A luta pela vida dá-se entre os indivíduos e o meio ambiente.


Da luta pela vida, resulta a seleção natural dos mais aptos ou adaptados às condições do meio.


O isolamento geográfico ou sexual impede que as características do tipo novo misturem-se com as características do tipo primitivo.


Representa a combinação da Teoria de Evolução de Espécies por meio da Seleção Natural de Charles Darwin, a genética como base para a herança biológica de Gregor Mendel e a genética populacional.


Gregor Mendel, "o pai da genética"




Embora não termos citados sobre Gregor Mendel posteriormente, de acordo com as nossa pesquisas, as suas idéais e experimentos revolucionaram o mundo da biologia.

Johann Mendel nasceu em 22 de julho de 1822, em Heinzendorf, Áustria. Ele recebeu o nome de Gregor quando ele entrou para o monastério em Brünn, Moravia (agora Brno, República Tcheca) em 1843. Ele estudou por dois anos no Philosophical Institute em Olmütz (agora Olomouc, República Tcheca), antes de ir para Brünn. Ele tornou-se padre em 1847. Pela maior parte dos próximos 20 anos ele ensinou em uma faculdade vizinha, exceto por dois anos em que ele estudou na University of Vienna (1851-53). Em 1868 Mendel foi eleito abade do monastério.

Aproveitou também os conhecimentos adquiridos do pai, que era jardineiro, para começar a fazer pesquisas com árvores frutíferas. Em 1856 já fazia pesquisas com ervilhas, nos jardins do monastério.
Sua teoria principal era a de que as características das plantas (cores, por exemplo) deviam-se a elementos hereditários (atualmente conhecidos como genes).

Mendel apresentou seu trabalho para uma sociedade de ciência natural local em 1865 em um artigo intitulado "Experiments with Plant Hybrids." As tarefas administrativas após 1868 manteve-o tão ocupado que ele não pode dar continuidade as suas pesquisas. Ele viveu o resto da vida em relativa obscuridade, morrendo em 6 de janeiro de 1884. Em 1900, pesquisas independentes pelos botânicos K. Correns (Alemanha), E. Tschermak (Áustria) e H. de Vries (Países Baixos) confirmaram os resultados de Mendel.

As Leis de Mendel

Primeira Lei: também conhecida com Lei da Segregação, explica que na fase de formação dos gametas, os pares de fatores se segregam.

Segunda Lei: também conhecida como lei da Uniformidade, afirma que as características de um indivíduo não são determinadas pela combinação dos genes dos pais, mas sim pela característica dominante de um dos progenitores (característica dominante).

Segunda Lei: também conhecida como Lei da Recombinação dos Genes, explica que cada uma das características puras de cada de cada variedade (cor, rugosidade da pele, etc) se transmitem para uma segunda geração de maneira independente entre si.

2009 e Charles Darwin



Neste ano de 2009, pode-se dizer que é o ano de Charles Darwin. Comemoram-se os 200 anos do seu nascimento e também os 150 anos da publicação do livro "A Origem das Espécies por meio da Seleção Natural". A obra, que revolucionou a ciência em relação ao surgimento e a evolução dos seres vivos, começou a ser concebida durante a viagem do navio Beagle – em que o jovem Darwin, então com 22 anos, esteve presente como naturalista, disposto a explorar as localidades visitadas e coletar o maior número possível de espécimes.
Além de muitos eventos internacionais que ocorrerão em 2009, há várias iniciativas que estão sendo organizadas por instituições brasileiras; como por exemplo a esposição que o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS organizou em março desse ano, que mostrou aos visitantes da exposição a tão famosa teoria de Darwin. Nela se conheceu as etapas e repercussões da viagem do Beagle, em três andares de emoção, conhecimento e diversão.

Darwinismo



O Darwinismo é uma teoria elaborada pelo naturalista inglês Charles Darwin, publicada em 1859 no livro On the origin of species (A origem das espécies), explicando a evolução dos seres vivos por meio da seleção natural.
Em síntese, Darwin propôs três conclusões fundamentadas em quatro observações, reunindo evidências biológicas, favorecendo o mecanismo evolucionista. Baseado num conjunto vasto de observações realizadas durante a viagem do HMS Beagle e tomando como modelo diversas espécies de tentilhões das ilhas Galápagos Darwin expôs 4 observações:

• O rápido crescimento populacional está relacionado com o potencial reprodutivo das espécies;

• A relativa estabilidade quanto ao contingente populacional, limitada pelas condições ambientais ao longo do tempo, devido a fatores como: disponibilidade de alimento, predação, parasitismo e locais de procriação.

• Os organismos de uma mesma população manifestam capacidades diferenciadas para uma mesma condição.

• Boa parte das aptidões são transferidas hereditariamente. (Esta última baseado nas teorias Lamarckistas.)

A partir destas observações, Darwin apresentou a seguinte tese:

Durante a transição de gerações considerável número de indivíduos falece, antes mesmo de procriarem; Os que sobrevivem e geram descendentes, são aqueles selecionados e adaptados ao meio devido às relações com os de sua espécie e também ao ambiente onde vivem. A cada geração, a seleção natural favorece a permanência das características adaptadas, constantemente aprimoradas e constantemente melhoradas.

O darwinismo é independente dos detalhes da evolução biológica. Um processo darwinista requer as condições seguintes:

Reprodução: os agentes devem ser capazes de produzir cópias de si próprios e essas cópias devem ter igualmente a capacidade de se reproduzirem;

Hereditariedade
: As cópias devem herdar as características dos originais;

Variação: Ocasionalmente, as cópias têm que ser imperfeitas (diversidade no interior da população);

Seleção Natural:
Os indivíduos são selecionados pelo ambiente. A seleção natural destrói, e não cria. O problema da existência de um objetivo não surge da elimininação dos inaptos, e sim da origem dos aptos. Em qualquer sistema onde ocorram essas características deverá ocorrer evolução.

Quem foi Charles Darwin



Charles Robert Darwin foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual. Esta teoria se desenvolveu no que é agora considerado o paradigma central para explicação de diversos fenômenos na Biologia. Foi laureado com a medalha Wollaston concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1859.
Em seu livro de 1859, "A Origem das Espécies" (do original, em inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life), ele introduziu a ideia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de seleção natural. Esta se tornou a explicação científica dominante para a diversidade de espécies na natureza. Ele continuou a sua pesquisa, escrevendo uma série de livros sobre plantas e animais, incluindo a espécie humana, notavelmente "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo."
Em reconhecimento à importância do seu trabalho, Darwin foi enterrado na Abadia de Westminster, próximo a Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton. Foi uma das cinco pessoas não ligadas à família real inglesa a ter um funeral de Estado no século XIX.

Quem foi Wallace?


Alfred Russel Wallace,(Usk, País de Gales, 8 de janeiro de 1823 —Brostone, Inglaterra, 7 de novembro de 1913) foi um naturalista, geógrafo, antropólogo e biólogo britânico.
Trabalhou, inicialmente, como topógrafo e arquiteto.
Wallace foi o primeiro a propor uma “geografia” das espécies animais e é considerado um dos percussores da ecologia e biogeografia e, por vezes, chamado de “Pai da Biogeografia”.
Após um breve período de desemprego, Alfred Wallace foi contratado como mestre na Collegiate Schoolem Leicester para ensinar desenho, cartografia e agrimensura.
Wallace passou bastante tempo na biblioteca de Leicester onde leu Um Ensaio sobre o Princípio de População de Thomas Malthus e onde numa noite encontrou o entomologista Henry Walter Bates. Bates tinha apenas 19 anos, porém já publicou um artigo de besouros em The Zoologist. Ele formou uma amizade com Wallace e o familiarizou com o colecionamento de insetos.
Inspirado pelas crônicas de naturalistas viajantes precedentes incluindo Alexander von Humboldt, Charles Darwin e William Henry Edwards; Wallace decidiu que ele também queria viajar para o exterior como naturalista.Em 1848, Wallace e Henry Bates partiram para o Brasil a qual sua intenção era coletar espécimes animais na Floresta Amazônica e vendê-los a colecionadores na Inglaterra.
Em 12 de julho de 1852, Wallace embarco de volta a Inglaterra, no brigue Hellen. Após 28 dias ao mar, o navio pegou fogo e a tripulação foi forçada a abandonar o navio.A coleção inteira de Wallace foi perdida.
Após seu retorno ao Reino Unido viveu dezoito meses com o dinheiro da venda do que sobrou do incêndio.

Lamarck e o Lamarckismo



Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, Chevalier de Lamarck, foi um naturalista francês que desenvolveu a teoria dos caracteres adquiridos, uma teoria da evolução agora desacreditada. Lamarck personificou as ideias pré-darwinistas sobre a evolução. Foi ele que, de fato, introduziu o termo biologia.

Originário da baixa nobreza (daí o título de 'chevalier'), Lamarck pertenceu ao exército, interessou-se por história natural e escreveu uma obra de vários volumes sobre a flora da França. Isto chamou a atenção do Conde de Buffon que o indicou para o Museu de História Natural de Paris. Depois de ter trabalhado durante vários anos com plantas, Lamarck foi nomeado curador dos invertebrados (mais um termo introduzido por ele), e começou uma série de conferências públicas. Antes de 1800, ele era um essencialista que acreditava que as espécies eram imutáveis. Mas graças ao seu trabalho sobre os moluscos da Bacia de Paris, ficou convencido da transmutação das espécies ao longo do tempo, e desenvolveu a sua teoria da evolução.

•Lamarckismo
Lamarckismo é uma teoria evolucionista que, segundo Lamarck,depende de dois fatores fundamentais. São eles:
-Lei do uso e desuso dos órgãos ou 1ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, os organismos desenvolvem seus órgãos segundo suas necessidades e outros se atrofiam decorrentes do desuso. Lamarck procurava explicar características no organismo que podem sofrer adaptações por impulsos internos a fim de estabelecer uma relação harmoniosa com o meio ambiente.
Dessa forma, um órgão passa por transformações sucessivas para atender às necessidades do meio externo.

-Lei da herança dos caracteres adquiridos ou 2ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, as alterações sofridas no organismo, ao longo da vida de um determinado ser, eram transmitidas aos seus descendentes por herança hereditária. Sabemos que somente por modificações nos genes é que se recebe uma herança de um antecessor, pois o DNA passa o gene para o RNA e este transfere para a proteína.

Quando o gene é transferido para a proteína não há possibilidade de modificar as informações do RNA e do DNA, portanto não existem condições para que tais alterações sejam hereditárias.


A comparação das ideias de Lamarck (1809) e Darwin (1859) permite que se monte um quadro sobre as mudanças na forma de pensar dos Homens e no desenvolvimento da ciência. Ambos defendiam a Evolução; Lamarck era teleológico, Darwin considerava que a evolução ocorria ao acaso via Seleção Natural; ambos eram gradualistas, ou seja as mudanças evolutivas eram vagarosas; Lamarck incluiu o Homem dentro da escala evolutiva, Darwin hesitou em fazê-lo em 1859.
As teorias e os pensamentos de Lamarck podem ser considerados Transformistas, pois propõem a transformação e a evolução dos organismos.
É provável que a visão que os teóricos contemporâneos têm de Lamarck seja injusta. As contribuições dele para a biologia são muito importantes. Charles Darwin elogiou Lamarck na terceira edição da A Origem das Espécies por ele apoiar o conceito da evolução e por ter contribuído para o divulgar. Darwin aceitava a ideia do uso e do desuso, e desenvolveu a sua teoria da pangenese em parte para explicar esse fenômeno.

Aceitação
A teoria de Lamarck não obteve grande aceitação na França, mas houve uma boa aceitação na Inglaterra; apesar disto, Lamarck não foi capaz de convencer aos Homens de seu tempo que a evolução fosse um facto. Até mesmo as ideias de Charles Darwin, que hoje são tidas como corretas, só foram plenamente aceitas e convenceram a sociedade do fato da evolução quase 100 anos após a publicação de Origem das Espécies (1859).